Aqui é mão na cabeça sem argumento, cano na testa, lei do silêncio. O chumbo me extermina por questões de segurança, só por andar na rua já gero desconfiança. Esporro é o mesmo, não há quem mude a sentença. Seja preto ou pobre, esta é minha marca de nascença. Quem mandou matar Marielle Franco? Quem é que nos mata todos os dias? Sob a mira do revólver diário, a população preta é alvejada todos os dias. Por não sermos alvos, nos tornamos alvo, de tanta bala perdida dia a dia, matando o povo preto por ser um povo preto. Todos Alvos é música, é poema, é grito falado. Memória que não se perde e luta que não cessa.
ficha técnica
Poema: Dyego Ogeyd
Concepção, direção e atuação: Dyego Ogeyd 
Sonoplastia e edição: Dyego Ogeyd
TODOS ALVOS
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TODOS ALVOS

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